quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Caral - cidade sagrada de 5 mil anos

Caral encontra-se no Vale do Supe, a 200 quilometros a norte de Lima , no Peru. A civilização de Caral , a mais antiga do continente americano, foi contemporânea de outras como as da China , Egito, Índia e Mesopotâmia; tendo-se convertido já naquela época numa cidade-estado, rodeada por outras civilizações reunidas ainda no que se denomina "sociedades aldeãs".
Assim, trata-se de uma das zonas geográficas que se podem considerar como berço da civilização mundial pela sua antiguidade.
A antiguidade da Cidade Sagrada de Caral confirmou-se através de 42 datações por radiocarbono realizadas nos Estados Unidos. Segundo estes, a Cidade Sagrada de Caral tem uma antiguidade média de entre 2.627 a 2.100 anos a.C. aproximadamente. A sua descoberta muda as teorias que até agora existiam sobre o aparecimento das antigas civilizações no Peru.
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A cidade existiu durante os anos 2.627 a.C. até 1800 a.C., quando a cidade sofreu com secas, fome, doenças e seus habitantes abandonaram a cidade, até ser descoberta em 1905.
O centro urbano, de arquitetura monumental, já tinha sido fotografado desde a década de 40, mas o início das escavações da Cidade Sagrada de Caral começaram em 1996 , sob a condução da doutora Ruth Shady.
As construções na Cidade Sagrada de Caral foram continuamente remodeladas, com estruturas cada vez mais complexas.
As construções monumentais mais destacadas são:
  • A Pirâmide Maior
  • A Pirâmide Menor
  • A Pirâmide da Galeria
  • A Pirâmide da Huanca
  • O Templo do Anfiteatro
  • A Pirâmide da Cantera
  • O Templo do Altar Circular.
Ao pé do Templo Maior e da Piramide do Anfiteatro construíram-se grandes praças circulares, espaços de reunião para os habitantes da cidade, onde provavelmente se realizaram atividades acompanhadas pela música de flautas transversas e cornetins.
As 32 estruturas piramidais encontradas, uma delas de 18 m de altura, coincidem com a data em que a civilização egípcia construiram as suas.
Tudo o que se escavou na cidade está impregnado de religiosidade. Há muitos fornos construídos para oferendas. Há rituais em todos os lugares, não somente nos lugares públicos ou nos templos mas até nas próprias casas.Entre as coisas que se descobriram em Caral, à parte de sua surpreendente arquitetura, há artefatos de diversos materiais: de osso , madeira, pedra, boleadoras e quenas (flauta originária da Região Andina) feitas com ossos de pelicano e condor, adornos para as pessoas importantes ou para os deuses que adoravam.
No ano de 2005 expuseram-se no Peru novas descobertas realizadas em Caral pela equipe dirigida pela arqueóloga Ruth Shady, principal “re-descobridora” desta cidade. Encontrou-se um quipu (instrumento utilizado para comunicação) em bom estado de conservação, o que implica que este sistema de registro de dados tem quase cinco mil anos e não os mil e quinhentos comprovados anteriormente.



Também se apresentou a reconstrução de um possível habitante,  o crânio de um rapaz de uns vinte anos sacrificado naqueles tempos.

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