domingo, 21 de novembro de 2010

Mar Morto e Massada



Shalom, fomos no Mar Morto flutuar um pouco, lá tem muita lama e foi muito divertido porque escorregavamos toda hora.

Passamos em Massada, a fortaleza de Herodes.
Em um rochedo isolado de onde se observa o Mar Morto na fronteira oeste do Deserto da Judeia, encontra-se um lugar de beleza majestosa – Massada (מְצָדָה, metsada).
O nome Massada deriva-se da palavra metsuda (מְצוּדָה) em língua hebraica que significa "fortaleza". Essa palavra nos dá uma pista sobre a função histórica desse lugar. Ao leste, a rocha segue vertical por cerca 450 metros (~1.500 pés) até o Mar morto (o ponto mais baixo da terra), e ao oeste, ela se levanta por cerca de 100 metros (~330 pés) acima do terreno ao redor. O acesso natural ao topo do rochedo é muito difícil. O topo é bastante plano e sua área é de aproximadamente 130 dunams (~32 acres).
As circunstâncias naturais do local – isolado, mais elevado do que o terreno ao redor, topo plano, difícil a acesso, bela vista natural e clima muito seco – o tornaram um refúgio perfeito para governantes e rebeldes.
Nas próximas três newsletters, conheceremos três aspectos de Massada – o período do Rei Herodes (37-4 a.C), os rebeldes judeus e o cerco romano, e as descobertas arqueológicas e os lugares atuais interessantes em Massada.

Herodes, o Grande (הוֹרְדוֹס‎, Hordos) (73-4 a.C) foi um cliente romano rei da Judeia. Ele era um Idumeu (Edom bíblico) e um judeu praticante. Ele foi nomeado rei da Judeia pelos romanos e ficou conhecido por sua brutalidade assim como por seus projetos arquitetônicos colossais, em Jerusalém e outros lugares. Ele expandiu o Segundo Templo de Jerusalém, construiu o porto em Cesareia Marítima e a fortaleza do monte Massada como um refúgio para si.
A fortaleza de Masada foi fortificada entre 37 e 31 a.C e incluía uma muralha de casamata em volta do planalto, armazéns, grandes cisternas engenhosamente abastecidas com água da chuva, alojamentos, cinco palácios e um depósito de armas.
A muralha de casamata tinha aproximadamente 1.400 metros (4.300 pés) de extensão e 4 metros (13 pés) de largura. Foi construído ao logo da beira do planalto, acima dos rochedos íngremes, e tinha muitas torres. Três trilhas estreitas e espiraladas conduziam do solo aos fortes portões.

Como a fortaleza estava localizada no deserto, era necessário um sistema de abastecimento de água muito sofisticado. Herodes escavou numerosas cisternas no topo e no penhasco noroeste para armazenar a água da chuva que fluía em riachos próximos. A água era coletada por um sistema de barragens e dois aquedutos. As cisternas comportavam um total de 40.000 metros cúbicos de água. A água era trazida por comboios de animais e despejada em um sistema de canais que conduziam às cisternas através da montanha. A água era usada para beber, higiene e recreação como pode ser constatado pelas casas de banho e a piscina que haviam lá.

Palácio Residencial do Rei Herodes

Na beirada norte do íngreme penhasco, com uma vista esplêndida, erguia-se o elegante palácio-vila particular do rei, um dos cinco palácios que foram construídos na montanha. O palácio norte consistia em três terraços luxuosamente construídos, com uma estreita escadaria esculpida na rocha conectando-os. O palácio era ladrilhado de mosaicos em padrões geométricos. As colunas eram cobertas de gesso com ranhuras e ostentavam capitéis coríntios. As partes mais baixas das paredes eram cobertas por afrescos de padrões geométricos multicoloridos ou pintadas imitando mármore cortado.
É importante notar que a decoração não incluía imagens de pessoas e usava símbolos judaicos como romãs e vinhas.

O Complexo de Armazenamento

A fortaleza incluía um imenso complexo de depósitos que continham grandes quantidades de óleo, vinho, grãos e outros produtos alimentícios. O piso dos depósitos era coberto de gesso grosso e o teto consistia de vigas cobertas com gesso endurecido. O clima seco junto com a tecnologia empregada para construir o depósito preservava a comida por muito tempo.

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