quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Baiona, o porto onde parou a nau Pinta

Baiona foi o primeiro porto da Europa que recebeu a notícia da Descoberta da América. No dia 1 de Março de 1493, a Caravela Pinta, comandada por Martín Alonso Pinzón, atracou nestas aguas. Com a comemoração do V Centenário dos Descobrimentos foi construída uma réplica da embarcação que permanece amarrada, para os visitantes, num dos seus molhes.
Em 1999 foi recondicionado o pequeno museu colombino que alberga a nau, dotando-a de todos os elementos da época colombina, tanto da cultura cristã como da indígena cultura Taína. Desta maneira o visitante pode contemplar a caravela tal e qual chegou a Baiona em 1493 e reviver as façanhas dos descobrimentos contemplando as figuras que representam a tripulação e os indígenas americanos, para além das reproduções dos metais, plantas, alimentos e animais exóticos encontrados no novo mundo.
As caravelas
A informação que se possui sobre este tipo de barco é escassa. O seu nome tem origem da palavra “carabo”. Foi importada do oriente pelos portugueses, que o incorporaram a vela latina (triangular).
No princípio do século XV só Portugal e Espanha utilizavam as caravelas. Os portugueses exploraram ao máximo as suas qualidades e os espanhóis copiaram-na de imediato, nascendo assim a caravela andaluza que foi evoluindo durante o citado século. Conseguiu-se um casco mais estreito, uma vela triangular à popa, uma dotação de tolda e plataforma (pequenas cobertas de popa e proa sobre a coberta principal) e substituiu-se a vela latina pela redonda ou mista, facto que lhe permitia aproveitar ao máximo os ventos e a tornou mais manejável e menos vulnerável aos golpes de mar. Além disso conseguiu-se que fosse mais estável ao baixar o seu centro de gravidade.
As caravelas se diferenciavam das naus pelo seu menor tamanho e sua ligeireza e pela ausência de castelo, cofa, vela cebadera e gávia.Hoje, exite uma réplica da Pinta que é um museu.



A caravela Pinta
Foi construída pelos carpinteiros marítimos de Palos de la Frontera e era propriedade de Cristóbal Quintero e Gómez Rascón, vizinhos daquela vila, a quem a comandou. O seu nome parece dever-se ao facto de ter pertencido à família Pinto, também de Palos. A Pinta era a mais veleira das três naus colombinas e com frequência tinha que esperar pelas outras duas durante a histórica viagem, devido também aos dotes do capitão Pinzón. No dia 8 de Outubro em luta para chegar em primeiro lugar na descoberta das novas terras, alcançou uma velocidade de 15 milhas por hora (12 milhas/hora actuais), superior à que se pode alcançar hoje em dia com um navio mercante de vapor médio.

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