Tem origem num povoado pré-romano. Na época romana designava-se Cale ou Portus Cale, sendo a origem do nome de Portugal. No ano de 868, Vímara Peres,
fundador da terra portugalense, teve uma importante contribuição na
conquista do território aos Mouros, restaurando assim a cidade de Portucale.
Em 1111, D. Teresa, mãe do futuro primeiro rei de Portugal, concedeu ao bispo D. Hugo
o couto do Porto. Das armas da cidade faz parte a imagem de Nossa
Senhora. Daí o facto de o Porto ser também conhecido por "cidade da
Virgem", epítetos a que se devem juntar os de "Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta",
que lhe foram sendo atribuídos ao longo dos séculos e na sequência de
feitos valorosos dos seus habitantes, e que foram ratificados por
decreto de D. Maria II de Portugal.
Foi dentro dos seus muros que se efectuou o casamento do rei D. João I com a princesa inglesa D. Filipa de Lencastre. A cidade orgulha-se de ter sido o berço do infante D. Henrique, o navegador.
Devido aos sacrifícios que fizeram para apoiar a preparação da armada que partiu, em 1415, para a conquista de Ceuta,
tendo a população do Porto oferecido aos expedicionários toda a carne
disponível, ficando apenas com as tripas para a alimentação, tendo com
elas confeccionado um prato saboroso que hoje é menu obrigatório em
qualquer restaurante. Os naturais do Porto ganharam a alcunha de
"tripeiros", uma expressão mais carinhosa que pejorativa. É também esta a
razão pela qual o prato tradicional da cidade ainda é, hoje em dia, as "Tripas à moda do Porto". Existe uma confraria especialmente dedicada a este prato típico .
Desempenhou um papel fundamental na defesa dos ideais do liberalismo nas batalhas do século XIX. Aliás, a coragem com que suportou o cerco das tropas miguelistas durante a guerra civil de 1832-34 e os feitos valerosos cometidos pelos seus habitantes — o famoso Cerco do Porto — valeram-lhe mesmo a atribuição, pela rainha D. Maria II, do título — único entre as demais cidades de Portugal — de Invicta Cidade do Porto (ainda hoje presente no listel das suas armas), donde o epíteto com que é frequentemente mencionada por antonomásia - a «Invicta». Alberga numa das suas muitas igrejas - a da Lapa - o coração de D. Pedro IV de Portugal, que o ofereceu à população da cidade em homenagem ao contributo dado pelos seus habitantes à causa liberal.
Foi agraciada, em 1919, com a Ordem da Torre e Espada.
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